terça-feira, 12 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Ford F100 1958
A picape Ford F100 de 1958 guarda o saudosismo do passado só na aparência. Por dentro está um motorzão V8 que gera 280 cavalos de potência o que a transforma em um autêntico hot rod.
Quanto custa a realização de um sonho? Pensou num valor? Agora, se ele vem acompanhado de lembranças de sua adolescência, pode triplicar esse custo. Pensando nisso o ex-engenheiro da Volkswagen do Brasil, Sylvio Pazzoto, investiu um bom dinheiro, que prefere não revelar quanto, e deu vida, cor e, principalmente, potência ao seu sonho. Comprou uma picape Ford F100 ano 1958 e com a ajuda do filho, Igor Pazzoto, deu asas à sua imaginação. O resultado é um Hot Rod com carcaça 100% original. Já o restante é 100% mexido.
A carcaça, como estava em bom estado, ganhou pequenos reparos. A pintura, que ficou por conta da Spiller, empresa especializada nesse tipo de trabalho, tem tom laranja e é toda polvilhada de gliter, inclusive dentro da cabine e do cofre do motor. “Na primeira F100 que tivemos não foi possível fazer o que queríamos. Assim que achamos essa começamos a preparação”, contou Igor.
O modelo ganhou luzes de ré com sinalizador sonoro e break light na tampa traseira combinando com o pára-choque dianteiro original. “Meu pai retirou o logotipo da Ford de outros carros e colou em cima das lanternas”, explicou Igor, acrescentando que a fiação, inclusive do motor, passa por condutores de metal. A tampa do tanque de combustível é a mesma da CBR e os retrovisores são importados dos Estados Unidos. Os limpadores de pára-brisa são originais e foram cromados. Os bancos são do VW Santana, com regulagem de altura, revestidos em couro cor creme.
O som possui dois auto-falantes ovais Pionner nas laterais e dois módulos e uma caixa de oito polegadas no chão da cabine. O aparelho é Kenwood, com controle remoto. “É um som de boa qualidade, sem exageros”. As rodas escolhidas são de aro 15”, modelo Daytona, da Mangels. Os pneus são Cooper Cobra 295/5015 na traseira e 235/6015 na dianteira. O escapamento é do tipo 8x2, com dois abafadores JK. Na carroceria, o proprietário deu um ar de elegância com acabamento todo em madeira no piso e trilhos em alumínio.
100% mexida - O capô da F100 esconde um motor Ford V8 302, que foi alterado para desenvolver 280 cv. “Na mecânica não tem um único parafuso que não tenha sido trocado”, afirmou Marcos Machado, da Método, responsável pela preparação. Para suportar tanta força, a picape recebeu um câmbio da F1000, ano 95, de cinco velocidades, e diferencial 3,07:1, do Maverick. Com esse conjunto, as respostas ao acelerador são imediatas.
A máquina ganhou ainda cabos de vela 8.8, filtro de ar e tampa de válvula da Ford Racing. O comando de válvulas do motor passou de 272 para 276. O freio é a disco na dianteira e a tambor na traseira, o que não combina com tanta potência. O ideal seria disco/disco para garantir melhor desempenho nas freadas. Toda a parte elétrica ficou a cargo da Check´Up. A direção, hidráulica, continua original.
No teste para obtenção da velocidade máxima, o velocímetro original quebrou a 140 km. “Vamos instalar um equipamento digital”, avisa Machado. O consumo de combustível não é o forte, tanto que na estrada fica apenas nos 6,5 km/l. A suspensão conta com mola helicoidal na dianteira e com feixe na traseira. Rebaixada, a F100 anda sem muitos sobressaltos, mas o melhor é quando pega a estrada, onde desliza suavemente. Seu uso no dia-a-dia sacrifica um pouco os ocupantes.
Mesmo com tantos investimentos, um defeito original da F100 não foi solucionado. O cheiro de gasolina toma conta da cabine em certas ocasiões porque o tanque, localizado embaixo do banco, não tem respiro. Mesmo com a introdução de um respiro a estrutura física do carro não permitiu solucionar totalmente o problema.
Diversão vira negócio
Durante o período de personalização da picape, a família Pazzoto percebeu que poderia alterar o sistema de abertura do capô do motor. O resultado é esse que está na F100. Uma peça relativamente simples, mas muito eficiente, inverte a posição de abertura do capô. Feito em aço cromado, o acessório permite levantar a tampa no sentido longitudinal, mas para a frente.
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